24 outubro 2007

LEMBRANÇAS



Estou aqui, esperando a net estabilizar, mas insiste em me sacanear e ouço a chuva que cai de mansinho no meu quintal e volto à infância...

Tinha uma menina muito pobre que morava numa casa de tábuas, com a sala e quarto com vermelhão, a cozinha feita com barro, chão pisado, mas sempre limpinha e todos os natais era sempre caiada.
Toda vez que chovia, esta menina ficava preocupada, porque ela morava no interior e a muitos anos atrás, as chuvas eram mais intensas, e sempre gritava para sua mãe: Tem alguém andando na frente da porta da sala.
Sua mãe sempre dizia: dorme menina não tem ninguém não, é a chuva! Pelo cansaço ela era vencida de dormia, mas sempre dizia estou ouvindo passos, tenho certeza.
O tempo passou, e ela foi crescendo e entendeu muitos anos depois que os passos que ela ouvia, eram os pingos mais grossos, que escorriam pela telha, e sem a calha batia no chão fazendos os famosos passos tão compassados que ela ouvia.
Hoje a saudade bate sempre à porta quando ela ouve a chuva, que tem cheiro de infância...

boa noite

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